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ONU denuncia discriminação sistemática contra minorias religiosas no Irã


Sede da ONU, nos Estados Unidos (Foto: Reprodução)

A perseguição às minorias religiosas no Irã continua “persistente na lei e na prática”, de acordo com o mais recente relatório do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, apresentado, na segunda quinzena de junho, na 59ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça. O documento apela à República Islâmica que ponha fim, “sem demora”, a todas as formas de discriminação contra esses grupos e garanta seus direitos fundamentais.

Entre os casos destacados estão as prisões arbitrárias de cristãos convertidos, como Jahangir Alikhani, Hamed Malamiri e Gholam Eshaghi. Segundo o relatório, os três foram submetidos a “interrogatórios prolongados e pressão coercitiva para renunciar à fé cristã” antes de serem libertados sob fiança. Seus julgamentos seguem em andamento.

O documento também menciona a detenção de mais de 40 cristãos durante o período do Natal, contrariando um anúncio oficial de que prisioneiros cristãos teriam cinco dias de licença para celebrações religiosas. Pelo menos 18 desses detentos — classificados como prisioneiros de consciência — foram excluídos do benefício, sem explicações das autoridades iranianas.

O relatório foi apresentado pela Alta Comissária Adjunta para os Direitos Humanos, Nada Al-Nashif, que aproveitou o discurso para expressar preocupação com a escalada do conflito entre o Irã e Israel. Ela relatou que “milhares de moradores fugiram de áreas da capital, Teerã, devido a alertas generalizados”, e alertou para o risco de vítimas civis em possíveis ataques a zonas densamente povoadas.

“É imperativo que ambas as partes respeitem plenamente o direito internacional humanitário, garantindo a proteção de civis e infraestrutura essencial”, afirmou Al-Nashif. A comissária também instou líderes internacionais a promoverem o diálogo como medida prioritária para conter a tensão regional.

Em resposta ao relatório, o representante iraniano Ali Bahreini criticou o que chamou de “violação dos direitos do povo iraniano” por parte da comunidade internacional, citando ameaças à segurança, soberania e desenvolvimento do país. No entanto, ele não comentou diretamente as denúncias apresentadas no documento.

O relatório do Secretário-Geral também inclui casos de tortura, detenções arbitrárias e restrições às liberdades de expressão, reunião pacífica e associação, reforçando preocupações constantes sobre o ambiente repressivo imposto pelo regime iraniano às minorias religiosas e à dissidência civil.

Fonte: Comunhão com informações Article 18


Fonte: Folha Gospel


03/07/2025 – Rádio Melodia

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